Coesão Social (CSP) – COESO II

Aumentar a coesão social e a resiliência à radicalização em cinco distritos do norte de Moçambique afectados pela instabilidade

• Formar e/ou revitalizar as Organizações de Desenvolvimento da Aldeia (ODA) nas comunidades alvo,
• Fornecer um pacote de formação abrangente de reforço de capacidades aos membros da ODA,
• Estabelecer e manter um mecanismo de mentoria para os membros da ODA,
• Apoiar as ODAs na realização de projectos dirigidos pela comunidade, amigos dos jovens, sensíveis às questões de género e que permitam a coesão social,
• Treinar actores governamentais na resolução de conflitos,
• Convocar diálogos de múltiplos intervenientes a nível distrital,
• Estabelecer oportunidades de diálogo regular entre ODAs e intervenientes externos (por exemplo, reuniões regulares com o governo),
• Organizar diálogos a nível provincial com vários intervenientes.

Entre 2017 e 2019, Moçambique testemunhou uma série de ataques esporádicos por grupos armados não estatais na província de Cabo Delgado, no norte do país. Os ataques visaram principalmente civis que viviam em áreas remotas. Em 2020, a violência aumentou exponencialmente e incluiu uma série de ataques em grande escala e complexos, incluindo a destruição do Instituto Agrário de Bilibiza, gerido por Aga Khan, em Janeiro de 2020, o ataque a Palma em Março de 2021, e a expansão para a província do Niassa em finais de 2021. O número de deslocados internos (IDPs) aumentou de 172.000 em Abril de 2020 para mais de 732.000 em Maio de 2021.

Actualmente, existem aproximadamente 946.500 deslocados internos na zona sul de Cabo Delgado ( Metuge, Chiure, Montepuez e Ancuabe), Nampula (Memba,Meconta e cidade de Nampula), e Niassa (distribuída por toda a província).

Em Cabo Delgado, cerca de 1 em cada 3 pessoas são deslocados internos.Embora a comunidade humanitária tenha reagido muito aos impactos da crise, a situação permanece incerta, imprevisível e longe de se estabilizar, tal como foi salientado pela série de ataques nos distritos do sul de Cabo Delgado em Junho de 2022 que deslocaram mais 11.000 pessoas. Uma série de dificuldades socioeconómicas pré-existentes estão agora interligadas com novos e complexos desafios. É fundamental que as intervenções considerem e atenuem os factores subjacentes que desencadearam o conflito.